Gasolina, etanol e diesel estarão mais caros em fevereiro
No início de fevereiro de 2025, os motoristas brasileiros enfrentarão um aumento nos custos para abastecer seus veículos. Este aumento decorre de um reajuste no ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que incide sobre os combustíveis. Este reajuste, aplicado em todos os estados, eleva em R$ 0,10 por litro a alíquota da gasolina e do etanol, enquanto a do diesel e biodiesel cresce R$ 0,06 por litro. Uma das consequências esperadas dessa medida é a elevação dos preços nos postos de combustíveis, o que preocupa a população.
O aumento na carga tributária sobre combustíveis tem potencial para desencadear um efeito cascata na economia. Afinal, o custo do transporte é essencial na formação de preços de diversos produtos e serviços. No ano anterior, a gasolina foi um dos grandes vilões da inflação, contribuindo significativamente para o aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumulou alta acima do teto da meta estipulada. Este cenário leva o Banco Central a adotar políticas monetárias mais restritivas, com juros mais elevados, visando controlar a inflação, embora isso traga desafios adicionais para o crescimento econômico.
Como A Nova Política de ICMS Afeta o Custo dos Combustíveis?
O Comsefaz, órgão que reúne secretários de Fazenda de todos os estados brasileiros, defende que o reajuste do ICMS é fundamental para manter um equilíbrio fiscal. A política de tributação busca se alinhar com as oscilações do mercado, promovendo uma distribuição mais equitativa dos encargos entre os contribuintes. A Petrobras, apesar de não seguir mais o Preço de Paridade Internacional (PPI) desde outubro de 2023, ainda enfrenta a defasagem entre os preços internos e internacionais.
Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicam que a diferença entre o preço cobrado pela Petrobras e os valores no mercado global chega a 37 centavos por litro na gasolina e 85 centavos no diesel. Essa disparidade é preocupante para os importadores, que alertam para a necessidade de ajustes que evitem prejuízos, garantindo a competitividade e segurança nas operações de importação.

Quais São os Impactos Esperados na Economia?
O ajuste nos preços de combustíveis é impulsionado, além do ICMS, pela valorização do dólar, que, recentemente, ultrapassou os seis reais. Esse cenário adiciona pressão aos custos, inevitavelmente repassados aos consumidores. O impacto não se restringe apenas às bombas de combustível. O aumento afeta uma cadeia ampla de setores, desde transporte e logística até a produção agrícola e industrial. Esse efeito dominó gera tensão sobre a inflação, alimentando um ciclo de aumentos generalizados de preços.
- Aumento no custo do transporte público e privado.
- Elevação dos preços de produtos alimentícios e industriais.
- Aumento da pressão inflacionária, levando a ajustes nas taxas de juros.
- Desafios fiscais para estados menos industrializados, mais dependentes de transporte rodoviário.
Desafios para o Futuro e a Necessidade de Ajustes
A manutenção das defasagens nos preços internos dos combustíveis se mostra insustentável a longo prazo. O segmento de refino e comercialização da Petrobras já sofre com margens mais apertadas. Para assegurar a competitividade e a capacidade de atender à demanda crescente, revisões nos preços se tornam essenciais. Observadores do mercado destacam que ajustes controlados podem ajudar a mitigar o impacto inflacionário sem prejudicar de forma acentuada o poder de compra da população.
Enquanto consumidores e empresas buscam estratégias para lidar com essa nova realidade, o debate sobre a política tributária aplicada aos combustíveis continua. Os desafios são numerosos, exigindo soluções que equilibrem as necessidades fiscais dos estados, a estabilidade econômica e a acessibilidade dos preços para todos os brasileiros.
Com informações do E. M. em foco / Via MinasPetro