Mecânico baleado por policial rodoviário na 459 é transferido e passará por nova cirurgia
O mecânico Guilherme Esteves de Oliveira, de 35 anos, que foi baleado por um policial militar rodoviário na manhã de sábado (6) na BR-459, próximo a Santa Rita do Sapucaí (MG), foi transferido para o Hospital Alzira Velano, de Alfenas. Ele deverá passar por mais uma cirurgia para a retirada de fragmentos ósseos da coluna.
Segundo informações do hospital onde ele foi operado em Santa Rita do Sapucaí, a cirurgia para a retirada do projétil que atingiu as costas do motociclista, foi realizado com sucesso. Ele estava acordado e o estado de saúde era estável. No entanto, ele precisará passar por nova cirurgia.
O motociclista foi baleado pelo policial militar rodoviário após supostamente não respeitar a ordem de parada em uma blitz. Após disparar o tiro, amigos do motociclista, que seguiam em uma romaria para Aparecida (SP), se revoltaram com a atitude do militar. Imagens gravadas no local mostraram o policial apontado a arma para um outro motociclista do grupo.
O autor do disparo é sargento da Polícia Militar e tem cinco anos de atuação. Ele foi recolhido e ficará à disposição da Justiça Militar. Segundo o major da PMR, Fábio Assis, o motociclista teria jogado o veículo para cima do policial ao ser abordado.
“Foi dada ordem de parada para essas motos, onde todos acataram, porém, algum tempo depois, aproveitando de um caminhão que passava, um dos motociclistas evadiu da blitz. Ao tentar abordar, o motociclista jogou a moto para cima do policial militar, que conseguiu se desvencilhar da situação e efetuou o disparo de arma de fogo em direção à moto, vindo então a atingir a coluna da vítima”, disse o major da Polícia Militar Rodoviária, Fábio Assis.
Ainda segundo o major, o motociclista não é habilitado e estava com o documento da moto vencido. Mas ele afirma que isso não é justificativa para o disparo de arma de fogo.
“Ele entendeu que aquele momento houve necessidade de efetuar o disparo. Em relação é legalidade, está sendo apurado agora se foi legal ou não. Se não for legal, ele será punido criminal e administrativamente”, completou o major.