Kalil cobra pragmatismo para acelerar compra de vacinas contra Covid

Em entrevista à Globo News nesse domingo, prefeito de Belo Horizonte criticou a lentidão na chegada do imunizante e disse que cidade não tem data pra reabrir

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, cobrou pragmatismo de Estados e municípios para acelerar a compra de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Em entrevista à Globo News nesse domingo (7), Kalil também criticou a lentidão no processo de imunização e defendeu que não aliados ou inimigos quando o assunto é cuidar de vidas.

Kalil reforçou que reuniões e grupos são pouco eficazes se não houver uma ação prática dos gestores. 

“Existe uma incógnita hoje: não tem vacina? Não tem dinheiro? O que é que não tem para não comprar vacina? Nós temos é que reunir todo mundo lá no Palácio do Planalto e falar: vocês vão comprar a vacina? Se não vão, liberem os laboratórios porque eles não têm o menor interesse em vender para Estados e municípios enquanto estiverem na esperança de vender para o país”, disse o prefeito, após citar a tentativa feita por Belo Horizonte de aquirir diretamente os imunizantes fabricados pela Pfizer.

Kalil defendeu a cooperação e disse que os que estão tentando “politizar a vacina” de olho nas eleições de 2022, “estão preocupados na hora errada”.

“Ninguém é inimigo de ninguém porque está pressionando o governo federal para colocar a vacina no braço dos brasileiros”. disse. E reforçou: “Tem a vacina? Tem. Tem o dinheiro? Tem. Então vamos ser pragmáticos, como eu repito, vamos sentar lá no Palácio do Planalto e falar: presidente, vai ter a vacina ou não? E é simples assim”, encerrou.

Reunião na Granbel

O prefeito falou sore a reunião que acontece nesta segunda-feira na Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Granbel) e disse que entrou em contato pessoalmente com prefeitos de cidades vizinhas para falar sobre a importância de uma ação coordenada diante do avanço da Covid.

Kalil disse que acredita que “muito rapidamente todas as cidades vão acompanhar Belo Horizonte” e falou do perigo trazido pela “guerra invisível” contra o coronavírus.

“É uma guerra invisível, então proporciona menos medo, inclusive nos negacionistas que só acreditam no que veem. Não acreditam na ciência, não acreditam na estatística, na probabilidade, e isso é profundamente lamentável”, disse.

Cidade fechada

Com os serviços não essenciais suspensos desde o último sábado (6), Kalil falou sobre o momento delicado e o reforço das barreiras sanitárias como forma de tentar frear o avanço da pandemia. Ele disse, ainda, que não há previsão de quando Belo Horizonte será reaberta.

“Nós criamos três velocímetros e nós não temos data. Nós temos (data) é quando cair (indicadores) para o nível de controle. Belo Horizonte hoje tem um nível alto, preocupante, mas pelo menos com um certo controle ainda”, afirmou.

Fonte: O Tempo