Vereadores de Itajubá acionam MP contra “Onda Roxa” do Plano Minas Consciente
Seria cômico se não fosse trágico. Com casos de novas infecções, taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI no limite e crescente número de óbitos em Itajubá, os vereadores Tenente Melo e Rafael Rodrigues, entraram com uma ação no Ministério Público contra a “Onda Roxa” do programa Minas Consciente do governo do Estado que impôs medidas mais duras no combate a proliferação do coronavírus em todo o estado.
Na ação, os vereadores afirmam que o governador de Minas Romeu Zema, não detém legitimidade para decretar “toque de recolher” e que este somente é admissível na vigência de Estado de Sítio, o que não é o caso atual.
E que a imposição da Onda Roxa, somente serviços essenciais estão autorizados a funcionar.
Segundo eles, o decreto deixou de observar diversos ramos do comércio e da indústria que são essenciais à saúde e a vida da população.
Para justificar a ação, os nobres edis alegam que o comércio de Itajubá vive um verdadeiro pesadelo e para eles, a cidade se afundou numa crise financeira sem precedentes, apresentando um abaixo-assinado que contém uma lista com mais de dois mil comerciantes pedindo ajuda ao senhor prefeito da cidade.
Tenente Melo e Rafael ainda pontuam: “Nós entendemos que de fato, a única solução cabível para evitar o caos ainda maior em nossa cidade, é liberar o comércio para funcionar normalmente, desde que respeitadas as regras sanitárias. Como está acontecendo em outras cidades no Brasil e região. Por exemplo, a cidade de São Lourenço”, concluem os vereadores.
Itajubá ocupa hoje o primeiro lugar na região no ranking de cidades com maior número de vítimas fatais em decoorência de complicações por Covid-19, a frente de cidades de grande porte como Pouso Alegre, Poços de Caldas e Varginha e com uma taxa de letalidade também acima das demais cidade.
O setor da saúde na região está a beira do colapso, hospitais trabalham com a capacidade máxima e alguns até acima dela. Equipes médicas e de enfermagem estão exaustas e em algumas cidades já há possibilidade de falta de medicamentos de UTI, como ocorrido na Santa Casa de Poços de Caldas.
Com informações Itajubá Notícias