Ministério Público deflagra operação contra esquema de pirâmide financeira em MG e SC

Os mandados foram expedidos pelo Ministério Público em Pouso Alegre (MG), mas a operação está sendo realizada em Florianópolis (SC).

O Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil deflagraram na manhã desta terça-feira (22) a segunda fase da operação ‘Black Monday’ contra um esquema de pirâmide financeira . Os mandados foram expedidos em Pouso Alegre (MG), mas a operação está sendo realizada em Florianópolis (SC).

Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão, todos em Florianópolis, e dois mandados de prisão temporária. Além disso, sete pessoas foram notificadas para serem ouvidas como investigadas.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, principalmente, em dois escritórios que atuavam na captação de vítimas de falsas corretoras por intermédio de sites. De acordo com a investigação, esta organização criminosa não atua apenas no Brasil, mas em toda a América Latina e também na Europa.

Operação ‘Black Monday’

As investigações tiveram início em maio de 2020, quando o Ministério Público de Minas Gerais descobriu indícios de que criminosos estariam captando dinheiro das pessoas através dos sites Aprenda Investindo e Investing Brasil, com a promessa de realizar investimentos lucrativos.

Segundo o MP, os valores transferidos pelos clientes eram convertidos pela organização criminosa em bens de alto valor e criptomoedas, um tipo de dinheiro virtual. O prejuízo gerado pela quadrilha foi estimado em R$ 100 milhões. Até então, o Ministério Público identificou 1,5 mil pessoas vítimas do esquema.

No dia 25 de março, foi deflagrada a primeira fase da operação com o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva.

Segundo o MP, a operação ocorreu em 12 estados (MG, PE, PB, SP, SC, MA, RO, RS, RJ, GO, AL e BA), com a prisão de quatro pessoas. Também foram localizados e arrecadados veículos de luxo, joias, imóveis, dinheiro e bitcoins, tudo em quantia estimada de R$ 15 milhões.

Fonte: G1 sul de Minas