Produtos da cesta básica estão 4,15% mais caros neste mês em Pouso Alegre, MG
Preço médio da cesta com 13 itens é de R$ 563,64, o que corresponde a 55,40% do salário mínimo líquido.
Quase todos os produtos tiveram alta na cesta básica em Pouso Alegre (MG) em comparação com o mês passado. Só o arroz que não ficou mais caro, após registrar leve queda no preço, de 0,63%. No geral, a cesta básica está mais cara 4,15% neste mês do que no mês passado.
Essa é a terceira alta consecutiva da cesta básica no município. O preço médio da cesta com 13 itens é de R$ 563,64, o que corresponde a 55,40% do salário mínimo líquido. Ou seja, quem ganha salário mínimo precisa trabalhar mais da metade do mês para comprar uma cesta com os 13 itens pesquisados.
Esse é o maior valor deste março, quando a pesquisa começou a ser feita em Pouso Alegre. A banana foi o item que mais subiu. Ela está 25,74% mais cara agora em setembro do que em agosto. O café em pó subiu 18,17%. A farinha de trigo, o óleo de soja e o tomate subiram mais de 7% cada.
O açucar refinado, a manteiga e o feijão carioquinha subiram mais de 6% cada. O leite integral está 4,40% mais caro. A batata subiu 3,09%. O pão francês, 1,46% e a carne bovina teve aumento de 0,25%. Mas no acumulado desde março, a carne já subiu 9,5%.
“Essa última pesquisa nos demonstrou que alguns fatores vem influenciando bastante o comportamento dos preços dos produtos alimentícios. Dentre esses fatores, nós destacamos a recente onda de frio, as geadas que aconteceram no final de julho, que ainda continuam impactando bastante a produção, também temos que salientar a questão do tempo seco, que vem atrapalhando a oferta dos produtos, o câmbio, bastante desvalorizado e a demanda externa, as exportações que estão muito aquecidas”, disse o economista Pedro Portugal.
O economista salienta ainda que novos aumentos podem acontecer caso a oferta de produtos não aumente neste último trimestre do ano.
“Geralmente o último trimestre do ano, a demanda por produtos alimentícios interna ou externa, costuma aumentar bastante, então é muito importante que haja um incentivo da produção, do aumento da oferta interna, para que novos aumentos não venham a ocorrer agora no último trimestre de 2021”, completou o economista.
A pesquisa também é feita em outras cidades do Sul de Minas. Em Varginha, o valor ficou estável este mês, com uma queda de 0,01%. Em São Lourenço, houve aumento de 4,45%. A pesquisa de Três Pontas ainda não foi divulgada neste mês.
Fonte: G1 Sul de Minas