Polícia indicia 12 suspeitos do Sul de MG de aplicar golpes cibernéticos em todo Brasil
Suspeitos foram indiciados após conclusão do inquérito da Polícia Civil. Outros suspeitos de fazerem cerca de 15 mil vítimas no país já haviam sido presos em Poços de Caldas.
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou 12 pessoas suspeitas de aplicar golpes cibernéticos em todo Brasil. Os suspeitos são de Poços de Caldas e foram indiciados após a conclusão de inquérito policial. Suspeitos de terem feito mais de 15 mil vítimas no país já haviam sido presos no início do mês.
Segundo divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (21), as 12 pessoas são suspeitas de cometerem os crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro em Poços de Caldas.
Conforme a polícia, as investigações apuraram que os suspeitos criavam sites falsos na internet para a venda de produtos e pagavam às redes sociais para terem as páginas divulgadas, visando conferir maior visibilidade às propagandas dos sites para o público alvo.
“Os suspeitos criavam sites anunciando a venda de produtos mediante dropshiping [metodologia de venda em que o lojista trabalha sem estoque], afirmando que as encomendas sairiam diretamente de fábricas da China, com destino à casa do consumidor. O prazo de entrega informado nos anúncios era de, aproximadamente, três meses. Quando os consumidores formalizavam reclamações pelo não recebimento das mercadorias, os investigados derrubavam o sítio eletrônico e criavam outros”, explicou a Polícia Civil.
Ao longo das investigações que culminaram no indiciamento de 12 suspeitos, foi deflagrada a operação Hydra no início deste mês. Durante a ação foram presos cinco suspeitos, apreendidos veículos de luxo e patrimônio milionário em poder dos envolvidos.
Segundo explicado pela polícia, todos os suspeitos são jovens e, até então, não tinham qualquer fonte de renda. A Polícia Civil estima que, nos últimos 12 meses, eles tenham movimentado um patrimônio superior a R$ 5 milhões.
Com a deflagração da operação policial, prisão dos envolvidos e bloqueio de seu patrimônio, a investigação foi concluída e agora será direcionada ao Ministério Público.
Fonte: G1 Sul de Minas