Polícia Federal faz operação contra desvio e lavagem de dinheiro em instituição de ensino superior em MG
Segundo a PF, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Varginha, Três Corações, Conceição do Rio Verde, Contagem, Nova Lima e Belo Horizonte.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (8) uma operação contra os crimes de desvio e lavagem de dinheiro em uma instituição de ensino superior e sua mantenedora. Segundo a PF, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Varginha, Três Corações, Conceição do Rio Verde, Contagem, Nova Lima e Belo Horizonte, além de outras ordens judiciais de apreensão em desfavor de pessoas físicas e jurídicas.
Os investigados da ação da PF são a Universidade Vale do Rio Verde (Unincor) e a Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTE). A operação foi nomeada de “J’Adoube”. O nome faz referência a um termo utilizado no jogo do xadrez que significa “eu arrumo”, para indicar que os investigados criavam empresas para desvio de valores e consequente lavagem de ativos.
Segundo a PF, durante as investigações foi apurado que a fundação tinha grande volume de débitos tributários e previdenciários com a União já vencidos. O valor era de cerca de R$ 92 milhões. Além disso, havia também dívidas trabalhistas de processos judiciais com trânsito em julgado, que não foram pagos.
Ainda de acordo com a PF, os dirigentes da FCTE e titulares de empresas criadas para atividades ilícitas teriam desviado valores das mensalidades dos cursos oferecidos, ao longo de mais de três anos. Estes valores deveriam ser incluídos nas contas da FCTE para o pagamento de encargos correntes e dívidas.
Os valores desviados eram referentes às mensalidades de alunos dos cursos de graduação e especialização da universidade oferecidos em diversos campi de Minas Gerais. A PF representou por 28 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Varginha (2), Três Corações (3), Conceição do Rio Verde (1), Contagem (2), Nova Lima (2) e Belo Horizonte (6), além outras ordens judiciais de apreensão específicas em desfavor de pessoas físicas e jurídicas.
Os investigados poderão responder por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa, cujas penas, somadas, podem chegar a 22 anos de reclusão, se condenados.
Fonte: G1 Sul de Minas