Caso Pavesi: médico condenado por morte e retirada ilegal de órgãos segue em liberdade, diz Justiça em MG
Segundo o Fórum de Belo Horizonte, mandado de prisão foi expedido na tarde de quarta-feira (20) e ainda não foi cumprido; pedido da defesa para que ele possa recorrer em liberdade foi negado.
O mandado de prisão expedido contra o médico Álvaro Ianhez, de 76 anos, condenado por homicidio duplamente qualificado pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000, em Poços de Caldas (MG) ainda não foi cumprido. Segundo o Fórum de Belo Horizonte, o mandado foi expedido na tarde de quarta-feira (20).
Ele foi condenado a 21 anos e oito meses de prisão em regime fechado e teve o pedido da defesa de recorrer em liberdade negado devido à “gravidade do crime”, segundo o juiz que presidiu o tribunal.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – Sejusp informou na manhã desta sexta-feira (22) que o médico ainda não havia dado entrada no sistema prisional mineiro.
O advogado da família, Dino Miraglia, disse ao g1 que o médico foi procurado em casa e no hospital onde trabalha em Jundiaí (SP), mas não foi encontrado nos dois endereços. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para confirmar a informação, mas até a publicação desta reportagem, ainda não tinha recebido retorno.
O advogado de Álvaro Ianhez, Luiz Chimicatti, afirmou que já recorreu da decisão do júri e que entende que seria um direito do médico aguardar o recurso em liberdade.
“O dr. Álvaro foi julgado pelo tribunal do júri, e a pessoa só pode ser presa após sentença penal condenatória transitada e julgada, e neste caso não há trânsito em julgado. A defesa já recorreu da decisão dos jurados, então é um direito do dr. Álvaro aguardar o recurso em liberdade”, disse o advogado.
Na semana passada, o Hospital Santa Elisa, em Jundiaí, suspendeu o médico Álvaro Ianhez dos atendimentos devido ao caso. O hospital informou que ele fazia parte do atendimento clínico e que não atuava na ala cirúrgia em função de coordenação.
Em vídeo divulgado após o julgamento nas redes sociais, o pai do menino, Paulo Pavesi, afirmou que acredita que o médico não será preso.
Fonte: G1 Sul de Minas