Após indicação na Câmara, Teatro Municipal vai ganhar o nome do artista Rafael Toledo, falecido em 2021

Na Sessão Ordinária dessa terça-feira (26), os vereadores aprovaram uma proposta do vereador Arlindo da Motta Paes (PTB), que denomina o Teatro Municipal com o nome do artista RAFAEL JOSÉ TOLEDO EL ALAM.
O prédio público, localizado na Avenida Doutor Lisboa, é patrimônio municipal. O cantor, compositor e multi-instrumentista Rafael Toledo nasceu no dia 20 de junho de 1971, na cidade de Itajubá, onde começou a carreira pelos festivais e tocando com grupos e artistas da região.
Casou-se com Marcinara Assis Toledo e juntos tiveram três filhos: Júlia, Ricardo e Letícia. Teve ainda dois netos: Isabella e Gael.
Rafael estudou guitarra na Universidade Livre de Música, em São Paulo. Foi professor do Conservatório Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira Pouso Alegre e Diretor do Conservatório Municipal de Música Popular de Campestre. Participou do Grupo Telhado, fez jingles, trilhas, discos e produziu o show “É preciso pagar as contas”, com a participação do tecladista André Tiso e do cantor Wolf Borges.
Atuou como guitarrista no Musical “Salomão Hayalla apresenta o Partido do Amor”, dirigido por Marcelo Dalla e tocou com a cantora Márcia Salomon, atuando principalmente em São Paulo. Participou do Grupo da Esquina de Belo Horizonte. Em 1998, com o Grupo Telhado, abriu o show de Toninho Horta, em Itajubá. Em 1999 compôs e produziu o CD “Gente pequena também se expressa”, projeto pioneiro de gravação de poemas coletivos dos alunos do Colégio João Paulo II de Pouso Alegre. Teve três músicas incluídas no CD “Sol Vermelho” de Geraldo Jr., tendo atuado também como guitarrista e arranjador.
No repertório, Rafael Toledo apresentava composições próprias e interpretava músicos consagrados, misturando um forte acento pop com a vanguarda da MPB. Em 2000 lançou seu primeiro CD solo – “Climas”, apresentou composições próprias com a participação do amigo Sideral e da cantora Caroline Blumer.
Dentre as várias atividades que exercia no âmbito musical, ainda escreveu crônicas. No Jornal “A Tribuna” ocupou a coluna “E por falar em música”. Em 2001 recebeu indicação ao “Quinto Prêmio Visa MPB Vocal” em São Paulo. Em 2002 lançou o CD “Interpretações”. Em 2010 lançou o CD “Música Brasileira” que teve participação de sua família e da família Coutinho. E em 2021 lançou o CD “Nossos Momentos”, com a esposa Marcinara.
Recebeu prêmio de 1º lugar de melhor banda de Pop Rock com a banda “Jaquetas Vermelhas” em Ouro Fino, ganhou o prêmio de 4º lugar do 5º Festival da Canção de Pouso Alegre em 2003. Fez o primeiro show do projeto “Santo de casa” com Elder Costa no teatro de Pouso Alegre. Recebeu homenagens como a “Comenda Nonô e Naná” da Câmara Municipal de Pouso Alegre.
Foi diplomado como membro efetivo do “Ateneu Pouso-Alegrense de Artes”. Concluiu a faculdade de música na “Universidade Vale do Rio Verde” em Três Corações/MG em 2017. Ao concluir o curso, trabalhou em Escolas Municipais, Estaduais e Particulares. Dedicou-se aos seus alunos de todas as idades, sobretudo, às crianças, com quem trabalhou até seu falecimento.
Realizou diversos shows, não somente em Pouso Alegre, mas nas cidades circunvizinhas e em locais mais distantes como: Brasília, Recife, Bahia, São Paulo, Belo Horizonte, entre outras. O maior período de apresentações foi no Rio de Janeiro e São Paulo com o musical: “Gonzaguinha Eterno Aprendiz Eterno” ao qual era o diretor musical. Lotou o teatro João Caetano no Rio de Janeiro com recorde de bilheteria esgotada por três vezes. Também participou em conjunto a Rogério Silvestre de um Concurso de Composições Carnavalescas da Escola de Samba “Império Serrano” com a música “Lugar de mulher é onde ela quiser”.

Passou a cursar “Musicoterapia e Psicopedagogia” com entusiasmo porque criava personagens engraçados para enriquecer o conteúdo das suas aulas. Destacamos a parceria que fez com Elder Costa musicando as poesias da poetisa Leide Moreira que era portadora de ELA (esclerose lateral amiotrófica). No cunho social, Rafael desenvolveu um CD com canções espíritas juntamente com sua esposa Marcinara, com a participação de crianças e jovens do Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Alexandre e trabalhava voluntariamente como músico em diversas ocasiões a que era chamado como em asilos e escolas.
Em 2016, ele foi um dos primeiros artistas a gravar o programa “sons e vozes” produzido pela TV Câmara de Pouso Alegre.
Rafael faleceu no dia 02 de julho de 2021, após uma longa batalha contra a Covid-19.

Fonte: CMPA

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