Jornada de trabalho de 8h e treinos diários: conheça ‘Eva’, a cadela da PM que tem se destacado em operações em MG
Eva é da raça pastor belga malinois e tem se destacado em operações contra o tráfico de drogas em Pouso Alegre.
As operações da Polícia Militar de Pouso Alegre (MG) têm tido um destaque especial. A cadela policial Eva, da raça pastor belga malinois, tem marcado diversos trabalhos da PM no combate ao tráfico de drogas. Entre as tantas participações, Eva encontrou recentemente cerca de 200 kg de crack escondidos em um pneu de um caminhão, que foi a maior apreensão da equipe este ano.
A cadela de seis anos recebeu os treinamentos básicos de adestramento já nos primeiros meses de vida. Seu aperfeiçoamento nas atividades e certificação foram feitos no canil central da Polícia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte (MG).
‘Ela está no auge do seu desempenho’, disse o Tenente Leonel Pareto Neto, Comandante do grupamento Rocca do 20º BPM. Em entrevista ao g1, o profissional destacou alguns dos trabalhos da cadela.
“Todas as grandes apreensões de drogas da região, ela teve participação direta. Eva foi responsável por encontrarmos aproximadamente 200 kg de crack dentro de quatro pneus de caminhão. Ela já encontrou drogas e armas de fogo em fundos falsos, veículos automotores, terrenos, colchões, armários, sofás, muros e dentro de pneus”.
Rotina
Eva fica em uma estrutura básica com boxes, pátios, ambientes de treinamento e enfermaria. Os militares, diariamente, fazem os treinamentos e aperfeiçoamento dos cães. A cadela também tem acompanhamento constante de veterinários.
A cadela também conta com uma alimentação focada na atividade que desempenha. Além do consumo da ração como fonte de energia, também são usadas suplementações de vitaminas, que ajudam na sua recuperação e descanso.
Todos os dias, Eva acompanha as 8h de serviço das equipes que estiverem no respectivo turno. Nos intervalos das equipes, os militares ficam responsáveis por deixar a cadela em boas condições. Ela também faz revezamento semanal com os demais cães para descansar.
“Todos os animais que estão nas forças de segurança da PM são bem cuidados e tratados com todas as prerrogativas que possuem. São instrumentos que somam no serviço policial humano, mas alcançam um patamar que vai além. São cães tratados como se policiais fossem, com controle de jornada de trabalho, descanso, avaliação e direitos como o de se aposentar com dignidade e respeito”, disse o tenente.
Treinamentos
Qualquer militar da Ronda Ostensiva com Cães (Rocca) pode conduzir a Eva. No dia a dia, cada condutor tem responsabilidades diretas quanto aos treinamentos feitos, além da saúde e desempenho dos cães.
“Nós usamos os comandos de adestramento básico e, principalmente, voltados à atividade policial. Não são treinados para serem cachorros “Dog Show” e sim, para questões operacionais como embarcar, buscar, sentar, aguardar, recolhimento e atenção. São comandos direcionados aos serviços policiais”, explicou.
A raça da Eva se destaca no que diz respeito à proteção e aplicação da lei, como detecção de drogas, busca e socorro, rastreamento, obediência, e até mesmo, assistência terapêutica a pessoas incapacitadas, doentes ou idosos.
Enquanto estiver com saúde e com capacidade de produzir bons resultados, Eva poderá continuar seu trabalho na PM. A idade certa para romper as atividades, varia de cada cão. A expectativa dos limitares é que ela trabalhe por mais quatro a cinco anos.
“É importante ressaltar que o resultado operacional só existe se considerarmos a importância do binômio homem e cão. Eles se completam e se tornam importantes ferramentas para combate do crime organizado”, finaliza o tenente.
Fonte: G1 Sul de Minas