Paulo da Pinta se emociona após vice na Série D e quer “crescimento extracampo” no Pouso Alegre
Presidente do Dragão do Sul de Minas vai deixar o cargo em outubro, após o fim do mandato como cartola do clube
Há quatro anos, era muito difícil pensar que a gente ia chegar nesse momento hoje. Era praticamente impossível.
Ele, que está à frente do clube desde o retorno da equipe ao futebol profissional, levou o time da última divisão estadual até a elite do Mineiro. Agora, conquistou o acesso à terceira divisão nacional na primeira vez em que disputa uma edição do Brasileiro.
Minha esposa me disse outro dia: “futebol se faz de duas maneiras, com muito dinheiro ou com muito amor”. E foi com amor, paixão que temos pelo futebol e pela cidade [que as conquistas vieram] – falou.
– Deus foi muito generoso conosco. Agradeço imensamente por tudo que nos proporcionou – completou.
Extracampo
Depois da ascensão dentro do estadual e, agora, o início de uma subida pelas divisões nacionais, Paulo da Pinta revela a necessidade de o clube também crescer fora de campo. Desde que voltou ao futebol profissional, o Pouso Alegre conseguiu finalizar parte do centro de treinamento.
O presidente, no entanto, destaca que é preciso que as conquistas dentro de campo sejam acompanhadas pelo crescimento fora das quatro linhas.
– As conquistas dentro de campo foram muito maiores do que as fora de campo. O extracampo nosso precisa melhorar, precisamos de apoio, precisamos de incentivo. Não do torcedor, pois isso vai ser eterno, mas financeiramente nós chegamos ao limite de investimento para chegar e conseguir os resultados que conseguimos esse ano – falou.
Paulo da Pinta relembrou que deixa a presidência do clube no mês que vem, após eleições que serão realizadas em outubro. Como já cumpriu os mandatos possíveis à frente do clube, ele não pode mais concorrer. O cartola destacou que o cargo, no Pouso Alegre, é voluntário e não possui remuneração.
– Precisamos fazer bastante investimento de contratações, e agora é o momento do comércio, da indústria, não só local, mas de toda região, poder nos apoiar em todas as conquistas para a gente poder ter uma manutenção. Ano que vem temos um calendário importante, teremos eleição no mês que vem. É importante que alguém seja voluntário para assumir o Pouso Alegre, pois é importante frisar que, estatutariamente, é uma equipe que não prevê remuneração, a gente faz com a amor – disse.
– Precisamos conquistar agora o extracampo, em termos de estrutura, para formarmos uma equipe competitiva para o ano que vem. Conversar com esses atletas, conversar com a comissão técnica. A gente pretende fazer um bom campeonato [Mineiro] no ano que vem, pois esse ano ficamos na zona de rebaixamento o campeonato todinho [e escapamos no fim] – finalizou.
O ano do Pouso Alegre
O Pouso Alegre lutou contra o rebaixamento durante o Mineiro deste ano e conseguiu escapar da degola na última rodada do estadual, permanecendo na elite para 2023.
O Dragão também disputou a Copa do Brasil, passando da primeira fase ao eliminar o Paraná. O Pousão acabou caindo fora após empatar com o Coritiba e ser derrotado nos pênaltis na segunda fase.
Já na Série D, o Pouso Alegre foi o melhor time do Grupo 6 e, nos mata-matas, passou por Operário VG, Paraná, ASA e Amazonas até chegar à final diante do América-RN. No primeiro jogo da decisão, o Dragão foi derrotado por 2 a 0 em Natal.
Já no Manduzão, o time venceu por 1 a 0 e não conseguiu reverter o resultado, fechando o Brasileiro como vice-campeão.
Fonte: G1 Sul de Minas