Desemprego cai a 8,3% em outubro, mas trabalhadores sem carteira batem recorde

Dados do IBGE mostram que contingente de trabalhadores sem carteira assinada teve aumento de 2,3% e fechou em 13,4 milhões de pessoas; informalidade ficou em 39,1% da população ocupada

O nível de desemprego no país fechou em 8,3% no trimestre terminado em outubro, representando cerca de nove milhões de pessoas sem ocupação. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (30).

Houve uma queda de 0,8% no índice em relação ao levantamento anterior. O resultado fez com que a taxa atingisse o menor nível para o período desde 2015, segundo o levantamento. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, a queda do desemprego foi de 3,8%.

O contingente de pessoas empregadas também bateu recorde na série histórica iniciada em 2012 e chegou a 99,7 milhões de pessoas. Os trabalhadores com carteira de trabalho assinada somaram 36,6 milhões de pessoas. O índice subiu 2,3%, representando 822 mil pessoas, frente ao trimestre anterior.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, afirmou que a tendência de crescimento de ocupação vem ocorrendo desde o segundo semestre de 2021. “Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, afirmou.

Apesar do número de empregados formais, os trabalhadores sem carteira assinada registraram recorde no período histórico. Há no país 13,4 milhões de brasileiros nessa situação. O aumento foi de 2,3%, representando 297 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, e de 11,8% no ano, relativo a 1,4 milhão de pessoas.

A taxa de informalidade fechou o período em 39,1% da população ocupada, em número menor do que o trimestre anterior, quando foi de 39,4%. O número de trabalhadores informais ficou em 39 milhões.

O levantamento divulgado pelo IBGE mostrou ainda que o rendimento real habitual (valor médio recebido mensalmente por trabalhadores) cresceu 2,9% em relação ao trimestre anterior. O valor médio ficou em R$ 2.754. 

Fonte: O Tempo

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