Médico cirurgião acusado de abusar de pelo menos quatro mulheres é considerado foragido em MG
Médico atua em Alfenas e já foi denunciado por abuso mediante fraude de pelo menos quatro mulheres.
O médico cirurgião plástico Hudson Almeida, de 56 anos, de Alfenas (MG), é considerado foragido. Ele foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de violação sexual mediante fraude. A Justiça aceitou o pedido de prisão preventiva dele.
O médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Em Alfenas, ele atende em uma clínica particular de propriedade dele e na Santa Casa. Já teve passagens também pelo Hospital Alzira Velano, de onde se desligou.
O médico responde a dois inquéritos por abuso sexual mediante fraude. Em um deles, de 2021, três mulheres denunciaram à Justiça situações constrangedoras que tiveram com ele.
O Ministério Público pediu a prisão do médico, que foi negado pelo Tribunal de Justiça. O MP recorreu então ao TJMG, que reviu a decisão e decretou a prisão preventiva dele. A prisão preventiva foi expedida no dia 13 de abril, mas o mandado só chegou nesta quarta-feira (19).
A Polícia Civil informou que foi até todos os endereços do médico, mas ele não foi encontrado.
Uma das vítimas, em entrevista à EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, disse que se sente aliviada pelo pedido de prisão do médico.
“Eu tô extremamente aliviada, eu acho que a justiça está começando a ser feita, porque desde 2020 era uma coisa que a gente desejava muito né, foi uma invasão daminha privacidade né. Isso gerou muitos, muitos problemas emocionais e muita ansiedade que você sente, problemas até de autoestima mesmo, pensar assim: ‘Nossa, como eu fui boba de não perceber no momento, de reagir no momento, como eu fui inocente. Então isso gera muitas consequências para uma pessoa, para uma mulher. Eu entendo muitas mulheres que não querem denunciar porque não é fácil mesmo. Você ter que falar, se expor, não é fácil. Mas hoje com esse que a gente tá passando de saber que ele foi, que ele está sendo, que ele tá foragido, que ele está procurado, você vê que valeu a pena, que vale”, disse a mulher que não quis se identificar.
Além das quatro mulheres que denunciaram o médico oficialmente em dois processos, existem pelo menos outras sete que procuraram a polícia, mas pelo fato dos crimes terem sido cometidos antes de 2018, eles já prescreveram.
A defesa do médico informou que estuda junto com o médico o melhor momento para ele se entregar. A defesa também informou que pretende recorrer da prisão preventiva.
Fonte: G1 Sul de Minas