Inatel é selecionado para se tornar Centro de Tecnologia e Infraestrutura de Conectividade 5G e 6G
Modelo é inédito no Brasil e o Centro receberá investimentos de R$ 60 milhões, que vão ser aplicados em um período de 42 meses em uma série de ações para pesquisa
O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), de Santa Rita do Sapucaí (MG), foi selecionado para se tornar um Centro de Competência em Tecnologia e Infraestrutura de Conectividade 5G e 6G.
O anúncio foi feito pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), no dia 24 de maio, em Brasília.
O modelo é inédito no Brasil e o Centro receberá investimentos de R$ 60 milhões, que vão ser aplicados em um período de 42 meses em uma série de ações que combinam ampliação e fortalecimento de competência científica e tecnológica em PD&I; formação e capacitação de recursos humanos; associação tecnológica (modelo membership) e atração e criação de startups.
Além do Inatel, foram escolhidos o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), em Campinas (SP), para atuar na temática de Open RAN, e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG), em Goiânia (GO), para o Centro de Competência de Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais.
Os três Centros receberão investimento de R$ 180 milhões, sendo R$ 60 milhões cada, com recursos financeiros oriundos do Programa Prioritários PPI IoT/Manufatura 4.0, para o desenvolvimento de pesquisas, criação de conhecimento e competências em áreas estratégicas, em nível internacional. Os CCs vão projetar a indústria do futuro e estimular a conexão entre setor industrial e academia.
Pesquisas 5G e 6G no Inatel
Apesar de já estar em implantação em todo o mundo, atividades de pesquisa ainda estão em andamento para complementar as especificações atuais das redes 5G.
Em paralelo, já está em curso em instituições de pesquisa e em fóruns internacionais o desenvolvimento de normas e padrões para a próxima geração de redes móveis – o 6G. Ele poderá viabilizar a implementação de aplicações baseadas em tecnologias que exigem elevadas taxas de transferência e baixa latência, como transporte autônomos, cirurgias à distância, tecnologias vestíveis, entre outros.
A tendência é que o 6G possua uma taxa de transferência de 1 Terabit por segundo – atingindo, pela primeira vez, a frequência do Terahertz (THz) -, enquanto o 5G possui 1 Gigabit por segundo – operando nas frequências de Gigahertz (GHz).
O Inatel, há mais de dez anos, já se dedica às pesquisas em redes de comunicações móveis 5G e mais recentemente em 6G. O Centro de Competência Embrapii no Instituto ficará sob a coordenação do pesquisador Luciano Leonel Mendes e a gerência executiva com Henry Rodrigues.
Fonte: G1 Sul de Minas