Lutadora de Pouso Alegre, MG que sonha com cinturão do Invicta e quer chegar ao UFC

Atleta de 25 anos, de Congonhal, faz parte da organização norte-americana que promove o MMA feminino; ela deseja entrar para o Ultimate Fighting

O Sul de Minas tem se acostumado a revelar lutadores de sucesso. Além Amanda Ribas e Vinícius Salvador, a região conta também com Lili Ferreira. A atleta de 25 anos faz parte do Invicta, organização norte-americana que promove o MMA feminino.

Lili tem um cartel de seis vitórias e duas derrotas na carreira, sendo que no Invicta ela tem dois triunfos nos dois combates disputados até aqui na organização. Nascida em Pouso Alegre, a sul-mineira mora em Congonhal.

Mesmo com o sucesso no MMA, a atleta não possui patrocínios fixos e ainda não consegue viver apenas de lutas. Com isso, ela divide o tempo entre treinar e dar aulas de artes marciais. Após realizar o desejo de ser atleta do Invicta, Lili Ferreira sonha em conquistar o cinturão da organização e deseja também conseguir entrar para o UFC.

Quero fazer a minha história no Invicta e chegar ao UFC com uma história no Invicta. É o maior evento de MMA feminino, é muito importante que eu tenha o cinturão e eu quero muito essa conquista – disse ao ge.

Trajetória até o Invicta

Lili Ferreira começou a treinar artes marciais em 2016, quando tinha 16 anos. A primeira modalidade que passou a aprender foi muay thai, iniciando logo em seguida a prática de jiu-jitsu e, depois, grappling.

Três anos depois, em 2019, ela fez a estreia no MMA profissional. Desde então, ela acumula seis vitórias e duas derrotas, realizando lutas no Pentagon Combat, FMMAMG, Federal Fight, Nação Cyborg e PAWFC, até chegar ao Invicta. A atleta conquistou, durante este período, o cinturão do Nação Cyborg.

– Sempre foi um dos meus sonhos estar no Invicta. Sempre coloquei e acreditei que estaria lá, e como nada para mim foi fácil eu sabia que haveria muitos obstáculos – contou.

Lili Ferreira (de branco) em luta do Invicta — Foto: Arquivo pessoal

Antes de entrar para o Invicta, por falta até um pouco de conhecimento na área de casamento de lutas, lutei com meninas bem mais pesadas, fora da categoria, aceitava lutas de última hora, sem apoios, mas isso tudo para conseguir estar hoje no maior evento feminino de MMA. Minha última derrota ter sido algo que muitas pessoas discordaram até mesmo a dona do Invicta – completou.

Divisão entre treino e trabalho

Sem patrocínio fixo, como ainda não consegue viver apenas das lutas, Lili Ferreira se divide entre treinar e trabalhar ensinando artes marciais.

– Ainda não consigo viver apenas para lutar. Não tenho patrocínio fixo mensalmente para manter meus treinos, então estou tentando conciliar algumas aulas. Estou dando aulas em horários que consiga descansar e resolver minhas coisas, sem que atrapalhe meus treinos.

A última luta de Lili foi no início deste mês, quando venceu a norte-americana Flor Hernandez por decisão unânime, pelo Invicta FC 53, em Denver, nos Estados Unidos. Ainda sem novo combate marcado, a lutadora destaca que mantém o ritmo de treinos como se fosse lutar no próximo mês.

– Meu treino, mesmo sem previsão de luta, é sempre focado como se eu fosse lutar no próximo mês, sempre intenso. Faço entre três e quatro treinos ao dia. Quando uma luta é marcada, fazemos o estudo sobre ela e passamos a treinar as estratégias em cima dela.

Sonho pela família e sonho por UFC

Com a carreira em ascensão, Lili Ferreira tem mais sonhos que deseja realizar com o MMA: ganhar o cinturão do Invicta, chegar ao UFC, ajudar a família e ter um projeto social.

– [Sonho em] estar no maior evento de MMA, o UFC, e mostrar que mesmo uma pessoa com uma equipe pequena e em uma cidade pequena pode conquistar o mundo – disse.

Com meu trabalho, que é a luta, sonho em poder dar uma situação melhor à minha família e para mim também – finalizou.

A lutadora também revela que deseja fazer um projeto social de artes marciais para crianças e adultos.

Fonte: G1 Sul de Minas

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