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Empresa em Pouso Alegre é investigada em ação do Ministério Público que apura fraudes em contratos de limpeza pública

Segundo o MP, empresa privada teria subornado agentes públicos no interior de SP. Ação conjunta é realizada nesta segunda-feira (4).

Uma empresa em Pouso Alegre (MG) é investigada na ação do Ministério Público que apura fraudes em contratos de limpeza pública em Pirassununga (SP) nesta segunda-feira (4). Segundo o MP, a THV Saneamento teria subornado agentes públicos para ser favorecida em contratos. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Operação Calliphora visa desarticular organização criminosa dedicada desviar recursos em contratos da Prefeitura de Pirassununga, em meio a investigação de crimes de fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o apurado pelo Ministério Público, a empresa privada de limpeza pública, que tem sede em Pouso Alegre, teria subornado agentes públicos da cidade de SP, incluindo prefeito e secretários municipais, para ser favorecida em contratos de coleta de lixo, varrição e roçagem e receber recursos públicos em desconformidade com os serviços prestados.

Parte dos repasses de valores teria acontecido, conforme as investigações, mediante “triangulação financeira”, com envolvimento de terceirizados da empresa e contas bancárias de parentes ou pessoas indicadas pelos agentes públicos.

A investigação teve como base análise de diversas provas documentais, interceptações das comunicações telefônicas e telemáticas, além de dados e informações de fontes abertas. O exame do material apreendido e outras diligências darão continuidade às apurações.

EPTV Sul de Minas, afiliada TV Globo, entrou em contato com a empresa, mas até a última atualização desta reportagem não havia retorno.

Afastamento e cumprimento de mandados

Com apoio do 10º Batalhão de Ações Especiais (BAEP) da PM, a operação cumpre 13 mandados de busca e apreensão em PirassunungaSão José do Rio Preto (SP) e Pouso Alegre (MG).

Segundo o Ministério Público, por determinação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), foram afastados de seus cargos por 180 dias:

  • José Carlos Mantovani (PP) – prefeito de Pirassununga;
  • Luiz Carlos Montagnero Filho – secretário de Governo;
  • Marcos Alecsandro de Oliveira Moraes – secretário da Agricultura;
  • Jeferson Ricardo do Couto – superintendente do Departamento de Águas e Esgoto de Pirassununga (Saerp);
  • Dercilene dos Santos Magalhães – pregoeira do setor de licitações.

Em nota, a Prefeitura de Pirassununga informou que interinamente o secretário municipal de administração irá assumir o cargo, até a posse do presidente da Câmara de Vereadores, que será oficialmente notificado.

Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, o advogado Phelipe Iaderoza, que faz a defesa do prefeito, disse que aguarda acesso aos autos do processo.

“Foram apreendidos os celulares do prefeito e da esposa para averiguação e a gente ainda aguarda acesso aos autos para poder ter maiores informações do que ocasionou tudo isso”, explicou.

Fonte: G1 Sul de Minas

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