Brasileira condenada por tráfico de drogas na Tailândia ganha perdão de multa e redução de pena
A brasileira Mary Hellen Coelho Silva, conseguiu o perdão real da multa da condenação civil e redução da pena. O valor é de aproximadamente R$ 105 mil. Mary Hellen e outro brasileiro foram detidos em fevereiro de 2022, no aeroporto de Bangkok, com 9 kg de cocaína. Nesta semana, a condenação da jovem completou dois anos.
De acordo com a advogada, Kaelly Cavolli Moreira, Mary Hellen conseguiu o perdão real dos valores da multa da sentença pela condenação civil. O valor é de 750 mil Baht, o equivalente a cerca de R$ 105 mil, segundo o câmbio neste domingo (12). Portanto, com o perdão, ela conseguiu isenção total do pagamento da multa e redução de dois anos da pena.
“Isso se deu ao bom comportamento dela e a participação em atividades extras na prisão. Mary Hellen tem uma boa relação com a unidade prisional e sempre que pode participa de atividades extras”, explicou a advogada Kaelly Cavoli Moreira.
No dia 8 de maio de 2022, a Justiça Tailandesa condenou a moradora de Pouso Alegre a 9 anos e 6 meses de prisão, divididos em 2 anos por crime civil e 7 anos e 6 meses por crime penal. A informação foi divulgada no dia 11 de maio.
No âmbito civil, a sentença deveria ser cumprida através do pagamento de multa. Porém, caso o valor não fosse pago, a pena da jovem, no âmbito penal, poderia subir para pouco mais de 11 anos de prisão. Agora, com o perdão real, ela deverá cumprir 7 anos e 6 meses de prisão. A multa foi perdoada.
“O perdão da multa foi concedido por meio do perdão real. É parecido com nosso induto aqui no Brasil”.
Próximos passos
Mesmo sem precisar pagar a multa, Mary Hellen continuará presa na Tailândia. No entanto, a defesa da jovem estuda formas de conseguir o perdão total da pena da brasileira. A expectativa é que a decisão saia após o mês de julho.
“A defesa está monitorando a possibilidade de perdão real em relação ao tempo de pena, o que tradicionalmente é possível no aniversário do rei, quando acontece uma celebração que avalia e beneficia as pessoas presas com bom comportamento. Encaminhamos a documentação pertinente e há confiança de que sua situação carcerária será reavaliada favoravelmente”.
Segundo a advogada, a brasileira vive em uma prisão feminina compartilhada e com boas condições humanitárias. Durante este período em que está presa, ela tem se dedicado a aprender inglês e tailandês.
Ela está se comunicando com familiares no Brasil e recebe um pequeno auxílio financeiro mensal da embaixada para adquirir itens de higiene e necessidades básicas.
Fonte: Redação JD