Vice-prefeito preso em operação por corrupção deixa o presídio após sete meses em Itajubá, MG
O ex-vice-prefeito de Itajubá (MG), Nilo Baracho, deixou a prisão nesta quarta-feira (19) após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder um habeas corpus.
Nilo estava preso desde o dia 20 de fevereiro deste ano pós sser alvo de operação xontra corrupção deflagrada pela polícia civil e Ministério Público.
O ex-vice-prefeito foi preso suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos do Hospital das Clínicas de Itajubá e superfaturamento da frota de veículos da administração municipal.
Nilo Baracho teve mandato cassado pela câmara de vereadores no dia 10 de maio. Ele também foi exonerado do cargo de secretário de Saúde, que também ocupava na cidade.
Segundo o advogado do ex-vice-prefeito, Willys Vilas Boas Júnior, Nilo permanecia preso pelo processo decorrente da operação da Polícia Civil, em que também foram presos dois sócios de uma oficina e um motorista, que ainda permanece preso.
Sobre a soltura de Nilo Baracho, o advogado disse que o “prenderam para conseguir provas ou confissões e depois de sete meses, terminada a instrução processual, nada de concreto existe”.
Prisão
O vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho, foi preso durante duas operações contra corrupção deflagradas no dia 20 de fevereiro em Itajubá pelo Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar. As ações investigam desvios de recursos públicos e privados do Hospital de Clínicas e o superfaturamento de serviços da frota veicular de secretarias municipais. Um empresário e outros quatro administradores do hospital também foram presos.
As operações foram nomeadas de Transfusão, comandada pelo Ministério Público e Sepulcro Caiado, comandada pela Polícia Civil. Foram expedidos 11 mandados de prisão, sendo quatro preventivas e sete temporárias, além de 25 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Itajubá, Campos do Jordão (SP) e São José dos Campos (SP).
De acordo com a Polícia Civil, além das prisões, foram apreendidos dinheiro, joias, celulares, veículos e documentos.
O que disseram os envolvidos
Na época, por meio de nota, a prefeitura informou que “segue à disposição para colaborar com quaisquer investigações que apurem irregularidades. A prefeitura conta com a imparcialidade dos investigadores para prosseguir com o trabalho sério desenvolvido nos três últimos anos”.
Em nota divulgada nas redes sociais, o Hospital de Clínicas de Itajubá disse que o corpo clínico e os colaboradores do HCI acreditam na ação da justiça e no breve esclarecimento dos fatos. O hospital também disse que as recentes notícias não vão interferir no atendimento da unidade.
Já as defesas dos outros administradores do hospital, também investigados na operação, informaram que o processo ainda corre em segredo de Justiça, mas que, no momento oportuno, tudo será devidamente esclarecido.
O advogado Willys Vilas Boas Júnior, que defende Nilo Baracho e outros cinco investigados, informou, na data da prisão, que ainda não tinha tido acesso aos autos do processo e, por conta disso, não poderia se manifestar de maneira técnica e precisa sobre os fatos.
Com informações do G1 Sul de Minas.