Cimed desiste de construir uma fábrica em Montes Claros e anuncia investimento de R$ 150 em expansão da unidade em Pouso Alegre
A farmacêutica brasileira Cimed desistiu da construção de uma nova unidade em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, e optou por expandir sua fábrica em Pouso Alegre, no Sul do Estado, revelou o CEO da empresa, João Adibe Marques, durante evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta segunda-feira (23), em Belo Horizonte, com presença do governador Romeu Zema.
Com previsão de ser concluída até o final de 2025, a expansão da planta no Sul de Minas conta com investimento de R$ 150 milhões e substitui o plano do novo empreendimento no Norte mineiro, que tinha investimentos previstos de R$ 200 milhões, e que seria voltado para higiene e beleza, e não para medicamentos.
A expectativa do CEO é que os aportes dobrem a capacidade de produção dos chamados “produtos de consumo” – os de higiene e beleza – da fábrica de Pouso Alegre.
Uma nova fábrica de produtos de higiene e beleza da Cimed será construída no Nordeste do Brasil para atender a demanda da região, que conta com benefícios fiscais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), enquanto a produção da fábrica de Pouso Alegre será concentrada na demanda das regiões Sul e Sudeste do País.
“A gente optou em ter uma fábrica, aumentar a capacidade produtiva de Pouso Alegre para atender o Sul e o Sudeste e ter uma nova planta no Nordeste. Ao invés de ter uma aqui (nova fábrica em Minas), segura aqui e faz uma lá para cima (Nordeste do País)”, declarou.
Em março, o CEO da Cimed havia revelado que, caso os planos da farmacêutica caminhem para a construção de várias fábricas pelo País, teria o interesse, além de Minas Gerais, de construir novas plantas nas regiões Norte e Nordeste.
Os projetos da expansão fabril e de novas unidades começaram a ser desenvolvidos ainda este ano. A empresa poderá buscar investimentos em bancos privados ou públicos.
Em 2024, a Cimed prevê um faturamento de R$ 4 bilhões, um crescimento de 25% em relação ao ano anterior (R$ 3 bilhões). Em 2025, a meta da farmacêutica é faturar R$ 5 bilhões. A projeção é de 60% da receita seja obtida nos produtos fármacos e de 40% nos produtos de consumo, que são os de higiene beleza.
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