Homem que matou esposa com 59 facadas e alegou mordida no sexo é condenado a 20 anos de prisão
Tribunal do júri foi realizado nesta quarta (30), em Caconde (SP). Tatiéle de Cássia dos Reis Gonçalves foi assassinada em abril deste ano.
O tribunal do júri realizado em Cacondde (SP), nesta quarta-feira (30), condenou Marcos Vinícius Paulino a 20 anos de prisão pelo feminicídio da esposa, Tatiéle de Cássia dos Reis Gonçalves, de 38 anos.
O crime aconteceu em abril deste ano. Quando foi preso, Paulino, de 28 anos, disse que matou a mulher porque ela mordeu o dedo da mão esquerda dele quando tinham relações sexuais. Ele não teria gostado do gesto e esperou a esposa dormir para esfaqueá-la 59 vezes.
Paulino foi condenado por unanimidade a pena máxima possível para o crime de feminicídio triplicamente qualificado (motivo fútil, mediante meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima), com os atenuantes do réu ser primário e qualificado. A defesa dele disse que irá recorrer da decisão para tentar diminuir a pena.
“O máximo que a Justiça podia fazer foi feito”, afirmou o promotor titular de Caconde, Alfredo Eduardo Ferreira Rossatti.
Durante o julgamento, o advogado de defesa alegou que ele agiu sob forte emoção e que era abusado pela vítima.
Segundo o advogado Allison Santos, Paulino tomava medicamentos psiquiátricos e fez uso de cocaína no dia do crime.
Ele tentou pedir a pena por homícidio privilegiado, que tem uma pena mais branda, por ele ser réu confesso, ter colaborado com a investigação e saber da gravidade do fato que cometeu, mas a tese não foi aceita pelos jurados.
Feminicídio
O crime aconteceu durante a noite de 14 de abril na residência do casal, na Rua Duque de Caxias, no Centro de Caconde.
O corpo de Tatiéle foi encontrado pela Polícia Militar. A vítima estava coberta com uma manta e tinha várias perfurações de faca na região do tórax e do pescoço. A faca do crime foi apreendida e estava quebrada.
“Após ela se trocar e voltar para cama e dormir, ele desferiu um golpe de faca no pescoço e no tórax dela, a matando”, disse o delegado João Delfino de Souza, que foi responsável pela investigação.
Depois do crime, Paulino disse que fugiu para a zona rural, mas na manhã seguinte, ele procurou a base da Polícia Militar, se entregou e confessou o assassinato.
O corpo de Tatiéle foi enterrado no distrito de Palmeiral, em Botelhos (MG), cidade onde a família dela mora.
Com informações do G1 Sul de Minas