Pouso Alegre TEA-DMIRA: conheça os serviços e iniciativas em apoio aos autistas

A Prefeitura de Pouso Alegre está empenhada em proporcionar serviços que promovam a inclusão e acolhimento das Pessoas com Deficiência, incluindo aqueles que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Neste mês, ações são realizadas em comemoração ao “Abril Azul”, em referência ao Dia Mundial de Conscientização do Espectro Autista, celebrado em 2 de abril. O objetivo desta data é aumentar o conhecimento sobre o autismo, suas necessidades e direitos das pessoas autistas.

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que pode se manifestar de maneira variada, envolvendo características como desenvolvimento atípico, comportamentos distintos, dificuldades na comunicação e interação social, com diferentes níveis de necessidade de suporte. Os sintomas surgem no início da primeira infância e podem prejudicar ou limitar o funcionamento do indivíduo.

“Cada pessoa, com sua luz singular, traz uma contribuição única para o nosso mundo. Os indivíduos no espectro autista brilham de maneiras extraordinárias e admiramos isso! Vamos celebrar essa diversidade, assegurar oportunidades equitativas e promover a inclusão, superando as barreiras que nos separam, para que possamos avançar e prosperar em conjunto! Sempre respeitando os limites e valorizando as conquistas de cada pessoa”, enfatiza o Prefeito Coronel Dimas.

A gestão está comprometida em oferecer auxílio não apenas às pessoas autistas, mas também às suas famílias, visando fornecer orientações adequadas e criar ambientes acessíveis e acolhedores para todos. As equipes trabalham constantemente para ampliar nossos serviços e garantir a inclusão de todos os membros da comunidade, independentemente das deficiências que possam ter.

Atendimento Especializado para Autismo na Saúde Municipal

Para receber atendimento especializado e tratamento, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou responsáveis por crianças autistas devem procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência e solicitar o encaminhamento à Junta Reguladora da Secretaria de Saúde.
A triagem é realizada para os atendimentos. Crianças que já estão sendo acompanhadas por psicólogos na rede devem permanecem, sendo crucial não interromper o tratamento, enquanto casos de crianças com diagnóstico de autismo ou suspeita são encaminhados para atendimento com a equipe multidisciplinar, seguindo a lista de espera.
A equipe é formada por neuropediatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, dedicados a cuidar das demandas relacionadas ao transtorno comportamental e neurofuncional. Além disso, oferecemos apoio aos familiares, reconhecendo a importância do suporte familiar.
Os atendimentos aos pacientes com diagnóstico de TEA são realizados de forma individualizada, quinzenal ou mensalmente, conforme cada caso. As intervenções incluem terapia cognitivo-comportamental, realizada logo após a consulta com o neuropediatra, e acompanhamento contínuo com outros profissionais.

Também é realizado solicitações de intervenções na escola para observar o comportamento e as habilidades sociais e atendimentos/acompanhamentos por meio do Serviço de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (SAAI), da Secretaria de Educação.

Para solicitar um laudo, é necessário que a criança esteja em acompanhamento com a equipe multidisciplinar e inserida no ambiente escolar para o diagnóstico, que é feito de maneira cautelosa pela equipe multidisciplinar do Centro de Especialidades.

“A terapia cognitivo-comportamental é uma ferramenta valiosa que utilizamos para auxiliar não apenas no desenvolvimento das crianças, mas também para proporcionar apoio emocional aos pais, ajudando a reduzir o sofrimento e a angústia que podem surgir ao lidar com o TEA. É importante ressaltar que muitas crianças vêm do período pandêmico, algumas ainda não tem habilidades sociais, possuem mais medos e inseguranças ou são mais agressivas, ansiosas, possuem fobias, então, nós promovemos esse auxílio na autonomia, no desenvolvimento de habilidades sociais das crianças, e buscamos não apenas melhorar sua qualidade de vida, mas também reduzir a evasão escolar, garantindo que possam alcançar todo seu potencial”, salienta a Secretária de Saúde, Rosaly Esther.

Autismo na Educação Municipal

A escola desempenha um papel crucial no desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas das crianças, incluindo aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por isso, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, tem ampliado,nos últimos anos, os encontros de formação em educação inclusiva, destinados aos profissionais de apoio e equipes escolares.

Os professores da rede municipal recebem orientações para promover atividades que estimulem a integração social, como jogos cooperativos e projetos colaborativos. Essas práticas não apenas desenvolvem habilidades sociais, mas também promovem uma inclusão escolar positiva. É essencial criar um ambiente de respeito e empatia, onde as diferenças são valorizadas e aceitas.

A educação inclusiva é uma realidade em todas as escolas do município, desde a creche até o ensino fundamental 2. Os alunos que necessitam de suporte em sala de aula contam com o apoio de profissionais especializados, com base em laudos médicos ou observação da equipe técnica da Secretaria. Além disso, as Salas de Recursos Multifuncionais e o Serviço de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (SAAI) oferecem atendimento psicológico e pedagógico.
Em 2024, o número de alunos com TEA na rede municipal aumentou significativamente, refletindo um compromisso crescente com a inclusão.

Atualmente, são cerca de 996 alunos da educação especial e 593 dentro do espectro autista, apontando um crescimento de 58% de alunos no espectro autista na rede municipal em relação ao ano de 2022. Neste processo, crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculadas em escolas regulares, são cada vez mais frequentes.

“Na educação, é essencial garantir um ambiente acolhedor e de suporte para todos os alunos, independentemente de suas necessidades. No caso do espectro autista, a colaboração entre escola e família é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Reconhecemos que, em alguns casos, alunos com TEA podem manifestar comportamentos mais agitados, o que pode causar preocupações entre os pais de outros alunos. É compreensível que essa situação gere apreensão, mas é importante cultivar a compreensão e empatia entre todos os envolvidos. Estamos comprometidos em atender às necessidades de cada escola, dialogando com as equipes, realizando visitas e, quando necessário, providenciando o suporte adicional de monitores ou profissionais especializados para garantir o apoio necessário a todos os alunos”, ressalta a Secretária de Educação, Suelene Marcondes.

Dessa forma, a Secretaria de Educação busca capacitar continuamente os profissionais para oferecer um ensino de qualidade a todos os alunos, independentemente de suas limitações. Isso inclui o estímulo à psicomotricidade na educação infantil e uma série de outros projetos e iniciativas desenvolvidos pelas equipes educacionais.

_ Serviços para autistas na Secretaria de Políticas Sociais_

A Prefeitura, por meio da Secretaria de Políticas Sociais, oferece projetos de apoio para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. Um desses projetos é o Projeto João do Pulo (PJP), que atende crianças e adolescentes com deficiência. Essa iniciativa é realizada por meio de uma parceria entre o 14 GAC, a Prefeitura (através das Secretarias de Políticas Sociais e Educação) e o Instituto Felippo Smaldone.
Além disso, o CRAS Central promove o Grupo Famílias Especiais Autistas, que ocorre uma vez por mês, sempre às quintas-feiras. Esses encontros são direcionados às famílias que residem nas proximidades do zoneamento do CRAS. Durante esses momentos, há uma troca de experiências e informações significativas. A presença da Equipe Técnica e/ou Coordenadora, juntamente com profissionais de diversas áreas que trabalham diretamente com esse público, garante esclarecimentos, orientações e direcionamentos necessários.
“Esses encontros têm como propósito oferecer um espaço seguro e inclusivo, onde as famílias possam compartilhar experiências, identificar características específicas e colaborar na elaboração de estratégias de cuidado para suas crianças e adolescentes autistas. Através dessas trocas, visamos não apenas promover aprendizado mútuo, mas também fortalecer os laços familiares e oferecer suporte emocional. Nosso compromisso é proporcionar um ambiente inclusivo e de apoio, onde cada indivíduo seja valorizado e respeitado em sua singularidade”, enfatiza a Secretária de Políticas Sociais, Marcela Nascimento.

Fonte: PMPA

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