Sobe para 10 número de mortes após asilo registrar surto de Covid-19 em Santa Rita do Sapucaí
Segundo a Vigilância Sanitária, 23 idosos e quatro funcionários testaram positivo para a doença. Todos já tinham tomado as duas doses da vacina e a maioria teve apenas sintomas leves.
Subiu para 10 o número de idosos que morreram após um surto da Covid-19 ser registrado no Asilo de Santa Rita do Sapucaí (MG). A informação foi atualizada pela prefeitura na tarde desta terça-feira (10). Segundo a Vigilância Sanitária, 23 idosos e quatro funcionários testaram positivo para a doença. Todos já tinham tomado as duas doses da vacina e a maioria teve apenas sintomas leves.
Conforme a prefeitura, 13 pessoas já estão recuperadas e uma está internada. Há ainda outros três casos suspeitos.
Segundo a prefeitura, a Vigilância Sanitária foi notificada em 14 de julho sobre o primeiro caso no Asilo de Santa Rita do Sapucaí, aquele que teria dado início ao surto. Uma semana depois, quatro idosos apresentaram sintomas. Os óbitos foram registrados depois da notificação inicial.
Ao todo, 74 idosos vivem na instituição, sendo 45 homens e 29 mulheres. Segundo a direção da instituição, as visitas estão suspensas desde o início da pandemia e acontecem somente de forma virtual. Desde o início da pandemia, estão sendo mantidos os protocolos de uso de máscara e álcool em gel. Os funcionários que trabalham no local, que também já estão imunizados, deixam os uniformes no local e a prefeitura mantém assistência com testes constantes.
Conforme a prefeitura, desde o início da pandemia foram realizadas no asilo vistorias sanitárias, treinamentos de utilização de EPI e treinamento da equipe que trabalha com os idosos. Ainda não se sabe como o surto começou na instituição.
Os idosos infectados foram levados para uma área de isolamento determinada pela Vigilância Sanitária. Segundo a prefeitura, eles estão sem sintomas graves e estabilizados. Os quatro funcionários que contraíram a doença também estão bem, apenas com sintomas leves.
A Vigilância Sanitária e Epidemiológica acompanha a situação do surto juntamente com a administração do asilo.
Outros casos na região
Na semana passada, a direção do Asilo Betânia da Providência confirmou a contaminação de 20 idosos e seis funcionários pela Covid-19 em Pouso Alegre (MG). Dois idosos, um de 90 e outro de 91 anos, morreram em decorrência da doença. O primeiro caso surgiu no dia 8 de julho.
Em junho, a Prefeitura de Serrania confirmou um surto no asilo da cidade. Dos 23 idosos do Lar São Vicente, 10 foram diagnosticados com a doença. Dois chegaram a ficar internados. Ninguém morreu. Em todos os casos, todos os idosos e funcionários já tinham sido vacinados com as duas doses da vacina contra a Covid-19.
Em maio, um asilo de Lavras (MG) confirmou a contaminação de 31 idosos por Covid19. Todos os idosos estava bem e a maioria não apresenta sintomas da doença, ainda segundo a instituição.
Em todos os casos, todos os idosos e funcionários já tinham sido vacinados com as duas doses da vacina contra a Covid-19.
Vacina reduz casos graves
A bióloga e divulgadora científica brasileira, Natalia Pasternak, explicou a função e importância da vacinação. As vacinas, de acordo com ela, reduzem as chances das pessoas ficarem doentes.
“As pessoas têm muita dificuldade de entender qual é a função de uma vacina. Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam. As vacinas reduzem a chance de ficarmos doentes, a chance de precisarmos de hospitalização e a chance de morrermos”.
Denise Garrett, infectologista, ex-integrante do Centro de Controle de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde dos EUA e atual vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (Washington), destacou que “a vacina é uma ferramenta essencial para controlar a pandemia. O que as pessoas precisam entender é que o fato de terem ocorrido casos e até mesmo algumas hospitalizações e mortes (muito mais raras) entre vacinados não significa que a vacina não funciona. A vacina funciona e muito! Mas a proteção, apesar de alta para casos graves e óbitos, não é 100%”.
Fonte: G1 Sul de Minas