Diários de psicóloga são investigados pela polícia
Mulher foi encontrada pelo marido dentro do próprio carro, que estava na garagem de casa
Diários escritos pela psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, 37, podem ajudar a polícia a descobrir a causa da morte da mulher, encontrada no porta-malas do próprio carro, em Pouso Alegre (MG), no domingo (22).
Os cadernos foram apreendidos como parte das investigações, que começaram logo após a localização do corpo.
O corpo de Marilda foi localizado pelo marido, um veterinário de 62 anos. Ela estava com as mãos e pés amarrados e vestia roupa e capacete de ciclista. O carro estava dentro da garagem da casa em que os dois moravam.
O marido contou à polícia que no sábado (21) recebeu mensagens de Marilda dizendo que ela sairia para pedalar. Ele trabalhava em uma fazenda na região de Pouso Alegre e quando voltou não encontrou a psicóloga. O veterinário teria feito buscas no hospital e na delegacia e, no domingo de manhã, abriu o carro e encontrou o corpo.
“No tempo correto, a Polícia Civil dará uma resposta à sociedade a respeito do que realmente aconteceu”, disse, em entrevista à imprensa da cidade, o delegado Renato Galvão.
Segundo ele, foram colhidos materiais genéticos, computadores, celulares e ouvidos depoimentos de várias pessoas próximas à psicóloga.
“Uma investigação como essa precisa de muita cautela, muita precisão, para que medidas precipitadas não sejam tomadas”, afirmou o policial.
Marilda foi enterrada na tarde de segunda-feira (23), em Bauru, sua cidade de origem. Ela e o marido viviam em Pouso Alegre por causa do trabalho. O veterinário foi ouvido pela polícia e liberado.
Amigas e pacientes da psicóloga lamentaram a morte nas redes sociais. “Não dá pra acreditar, ela tinha uma disposição, uma alegria, ela realmente sabia deixar a gente pra cima”, disse uma delas. “Obrigada por tudo que fez por mim. Brilhe no céu com seu lindo sorriso”, afirmou outra.
Uma das ex-pacientes contou que Marilda a ajudou a recuperar a autoestima após violência doméstica. “Devo muito a ela”, escreveu.
Fonte: O Tempo