Três meses depois, morte de psicóloga encontrada amarrada dentro de carro em MG continua sem solução
A Polícia Civil informou que as investigações ainda não foram concluídas e seguem em sigilo.
A morte da psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, encontrada amarrada e dentro do porta-malas de um carro completa três meses nesta segunda-feira (22) e continua sem respostas. O advogado da família e a Polícia Civil informaram que o inquérito ainda não foi concluído. Segundo a Polícia Civil, ainda não é possível falar em “homicídio ou suicídio”.
O advogado da família, Fábio Costa, disse ao g1 que ele a família da vítima seguem sem respostas sobre a morte de Marilda Matias Ferreira dos Santos. Quando a morte da psicóloga completou um mês, a Polícia Civil informou que aguardava o resultado de exames toxicológicos e da perícia, feitos no IML em Belo Horizonte (MG).
“Eu ainda não tenho a informação se já chegou o laudo conclusivo. A última informação que eu tive era que eles estavam esperando o laudo definitivo para saber qual era a real causa da morte dela”, disse o advogado.
O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil para saber o andamento atual das investigações e questionou sobre a conclusão do laudo pericial. Por meio de nota, eles informaram que as investigações continuam e que o inquérito não foi finalizado.
“As investigações estão em curso e sob sigilo, a cargo da Delegacia de Polícia Civil Especializada em Homicídios, na cidade de Pouso Alegre. As informações serão repassadas assim que a Polícia Civil concluir o Inquérito Policial, para não comprometer o andamento da investigação”.
O corpo de Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, foi encontrado, na manhã do dia 22 de agosto, dentro do porta-malas do carro dela, no bairro Fátima II, em Pouso Alegre (MG). A psicóloga foi encontrada pelo marido dentro da garagem da própria casa.
A casa em que a psicóloga morava não possuía sinais de arrombamento, segundo um perito da Polícia Civil. Ela foi encontrada com os pés e as mãos amarradas, de roupa e capacete de ciclista, mas sem sinais de violência, conforme a Polícia Civil.
O corpo de Marilda foi enterrado em Bauru (SP), sua cidade natal e onde mora a família.
Depoimentos
Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Conforme a polícia, o marido de Marilda disse em depoimento que estava trabalhando no sábado (21 de agosto), em uma fazenda que fica em Careaçu, quando recebeu a mensagem da esposa dizendo que faria um passeio de bicicleta. Mais tarde, ao chegar em casa, por volta de 16h, ele não a encontrou e achou que ela ainda não havia voltado do passeio.
Horas depois, como a mulher não havia aparecido, o marido disse que passou a procurá-la no hospital e na delegacia. Na manhã de domingo, ao resolver procurar dentro do carro, encontrou a esposa no porta-malas e chamou a polícia. O marido foi ouvido e liberado. O celular dele foi entregue para a polícia.
A Polícia Civil também ouviu os depoimentos de pessoas próximas à psicóloga. No dia 30 de agosto, o delegado Renato Gavião destacou que não era possível falar em “homicídio ou suicídio” de Marilda.
“A vítima foi localizada sem nenhum sinal de violência, nenhum sinal de arranhão, nenhum sinal de injeção ou qualquer coisa do tipo. A Polícia Civil, hoje, trabalha com todas as hipóteses, então nós não podemos falar em crime de homicídio, não podemos falar em suicídio, até a conclusão da investigação”, disse o delegado.
Fonte: G1 Sul de minas