Suspeitos de tortura em MG deverão ser denunciados à Justiça em 10 dias, afirma Ministério Público
Três pessoas foram presas suspeitas de tortura contra um homem de 24 anos em Caldas (MG).
O Ministério Público terá 10 dias para oferecer denúncia contra três pessoas suspeitas de torturarem um homem em Caldas (MG). Dois deles foram presos no último sábado (3) e um terceiro se apresentou na delegacia na tarde de segunda-feira (5).
O promotor do caso, José Eduardo de Souza Lima, confirmou que três agressores que aparecem nos vídeos foram presos preventivamente. Outros suspeitos de envolvimento na ação continuam sendo investigados.
O promotor destacou ainda que as imagens caracterizam o crime de tortura. José Eduardo reforçou que ações como essa, de tortura, não podem ser feitas independentemente dos crimes que a vítima possa ter cometido.
O terceiro suspeito de participação na tortura estava foragido e se apresentou à polícia na tarde de segunda-feira na Delegacia de Caldas, acompanhado de um advogado. Ele foi preso e encaminhado para o Presídio de Andradas.
No sábado, a Polícia Civil cumpriu os mandados de prisão de outros dois suspeitos. Ainda conforme a polícia, uma quarta pessoa aparece nas imagens, mas até o momento não há provas de que ela, de fato, tenha participado da ação.
Entenda o caso
Imagens que circulam nas redes sociais mostram um homem de 29 anos sendo torturado por pelo menos quatro pessoas na zona rural de Caldas (MG). As imagens mostram o rapaz no banco de trás de um carro em movimento. Um homem ao lado faz ameaças a ele. Três dos quatro envolvidos foram identificados pela polícia.
A vítima teve as mãos e pés amarrados pelos agressores. Depois de ser retirado de dentro do carro, o homem é agredido debaixo de uma árvore. Os suspeitos utilizam um pedaço de madeira e tortura o rapaz com pauladas. Em seguida, a vítima aparece inconsciente, ferido, deitado e ainda amarrado. Depois, um dos agressores solta as cordas.
Assim que a vítima foi identificada, os policiais foram até a casa dela. Ainda de acordo com a PM, o rapaz tem passagens pelo crime de furto e cumpre prisão domiciliar. Ele não quis registrar Boletim de Ocorrência, mas mesmo assim a PM registrou o BO e encaminhou o caso para a Polícia Civil e o Ministério Público.
A comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais informou que enviou um ofício para o Ministério Público, para a Polícia Civil e para o Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos pedindo para que o caso seja investigado e os autores responsabilizados.
Fonte: G1 Sul de Minas