Lago de Furnas atinge maior nível em 10 anos para fevereiro e ultrapassa cota 762

Para qualquer época do ano, nível não chegava a esse patamar desde agosto de 2016.

O Lago de Furnas atingiu o nível de 764,49, quase 2,5 mil metros acima da cota 762, que é considerada a mínima para os municípios que são banhados pelo lago. Este é o nível mais alto para o mês de fevereiro dos últimos 10 anos. A última vez que que o lago atingiu quantidade parecida foi em 2012.

Relacionado a qualquer época do ano, o Lago de Furnas não chegava ao nível atual desde agosto de 2016.

O vice-presidente da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Filipe Carielo, que também é prefeito de Carmo do Rio Claro (MG), explica como que o nível foi atingido. Ele cita a imposição da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

“Não só a entrada de água foi importante para a gente manter a cota nesse momento, mas também a medida de contenção estabelecida, por imposição da ANA, que determinou em um primeiro momento 1 mil metros cúbicos por segundo de vazão máxima. Depois, em um segundo momento, 300 metros cúbicos de vazão máxima. É como se a gente tivesse uma pia, você pode ligar a torneira no máximo, se a água continuar escorrendo, a pia nunca vai encher. Então, foram os dois fatores, as medidas de contenção com também a questão climática que contribuiu para chegarmos a essa cota”, falou.

Carielo ressalta a necessidade, agora, de mante o nível acima da cota mínima, para que os empresários tenham confiança de investir e empregos sejam gerados.

“Nós precisamos ultrapassar a cota 762 e chegar à cota de segurança 768 para que ao longo do ano a água possa servir para a geração de energia. E para que a gente possa respeitar essa 762 ao longo do ano. Se não ultrapassarmos a 762 vai ficar no limite, seria algo impensável e não poderia usar para geração de energia”, disse.

‘A 762 faz com que o Lago de Furnas seja utilizado, além da geração de energia, também para turismo, pesca, piscicultura. São dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos que a nossa região depende. É geração de riqueza, é tirar o cidadão muitas vezes da fila do emprego e trazer renda para ele. Portanto, é importante uma segurança jurídica para essa questão da 762. Porque o empresário, que vai empreender e querer investir no Lago de Furnas, ele tem que ter a segurança jurídica que essa cota 762 vai ser respeitada durante todo o ano, para que ele possa efetivamente colocar o seu dinheiro ali e ter o seu retorno do seu empreendimento. Com isso, gerar emprego e renda. Nossa região é extremamente dependente da cota 762”, completou.

Conforme o vice-presidente da Alago, são 34 municípios banhados pelo Lago de Furnas e mais de 50 que dependem direta e indiretamente do lago.

‘Nós temos mais de 50 município que dependem indiretamente, mas podemos que falar quase que diretamente por que são fornecedores dos empreendimentos ligados ao Lago de Furnas, são pessoas que fornecem mão de obra. Então são dezenas de milhares de empregos envolvendo direta e indiretamente o Lago de Furnas. É muita gente envolvida. A gente já alcançou a 762, agora a nossa missão, o pleito dos municípios, é que a gente tenha uma segurança jurídica. A população precisa saber que isso vai ser respeitado”.

Fonte: G1 Sul de Minas

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